Um dentista
Conheci
num poema de Auden
um
dentista reformado que se pôs a pintar montanhas.
Pintou
trinta e três montanhas como os pintores de parede
pintam
trinta e três paredes. Depois parou, limpou o suor da testa,
pediu
um copo de vinho e uma mulher, e despiu-se, embriagado,
fazendo
sexo como um dentista
e
não como um pintor de montanhas.
E se
pensas que uma e outra forma de tocar numa mulher
são
idênticas, então deves ler mais poesia.
poema: “Um
Dentista”
autor: Gonçalo
M. Tavares (1970-)
obra: 1, Relógio D’Água, 2004
voz: Ana
Celeste Ferreira
fotografia:
Luis Tobias
modelo:
Joana de Viana
captação e edição sonora: Ricardo Caló
Como sempre um magnífico trabalho. Parabéns.
ResponderEliminar:) :) :)
ResponderEliminarSaudades poéticas, querido António!